Uma rápida digressão sobre a diferença entre o obtido e o esperado… Sem entrar no mérito da estatística.
Na estatística existem testes para se avaliar se a diferença entre o resultado obtido e o esperado tem alguma causa que não a aleatoriedade. Mas este texto não é sobre isso. Mas de certa forma é sobre o que esperamos de um serviço e o que obtemos quando usufruímos dele.
Vou tomar como exemplo as bandas de garagem. Estas que tocam versões covers de músicas de bandas clássicas conhecidas (ou nem tanto) e que animam shows de custo menos elevado que os grandes nomes. Por acaso é impressão minha (ou um desvio de amostragem) ou estas bandas de garagem não se preocupam muito com a letra das músicas internacionais? Fico pensando. Os instrumentistas se esforçam ao máximo para deixar a música o mais parecido possível com a versão original, treinando horas e horas todos os dias. Depois vêm os ensaios para encaixar o “conjunto”. Enquanto isso, o vocalista faz o quê? Por que é que ele não aprende um pouco de inglês (caso da maioria das músicas) e decora as letras para pronunciar de modo correto? Em geral a preocupação na afinação é maior, mas este é só um dos detalhes.
Aí você vai no show, a banda começa a tocar um clássico de modo perfeito, com todos os acordes, harmônicos, riffs de guitarra, linhas de baixo, contratempo da bateria… De repente o vocalista começa a cantar e estraga tudo. Eu acho frustrante.
É claro que existem excelentes bandas de garagem. Agora, destas nos lembramos bem e torcemos para que toquem novamente na região.
Outra coisa que precisa melhorar, pelo menos por aqui, é a equalização dos equipamentos para o rock. Imagino que os técnicos de som estejam acostumados ao sertanejo e a DJ’s e talvez (até porque nem faço questão de saber se sim ou se não) nestes casos o som saia adequado. Mas a equalização para rock e metal é diferente. Para começo de conversa, tem que ter um bom retorno, pois a banda está no palco e não está usando um fone de ouvido como os DJ’s.
Fica aí então, a reclamação. Tudo se resolve com apenas uma palavra: profissionalismo.
Mas aí chega-se em um ponto ainda mais amplo. Falta profissionalismo na maioria dos segmentos em cidades do interior. Em geral, sabe-se lá como algumas pessoas aprenderam um ofício e, como não há outro concorrente no lugar, as pessoas precisam se contentar com níveis baixíssimos de serviços prestados. Seja na hora do atendimento, seja na hora de cobrar um preço justo (e que seja igual para todos e não dependa da roupa que você veste ou o que faz da vida). O que mais se vê são serviços de má qualidade sendo prestados. Falta o profissionalismo.
Tem coisas que nem reclamo mais. Deu errado, simplesmente não faço novamente no mesmo lugar, mesmo que isso implique em rodar 70 ou até 200km para ir e voltar até cidades vizinhas para conseguir um bom serviço. Pelo menos para os produtos em geral, basta ter internet e correios.